Na sua 35° edição, o Festival da Cachaça de Paraty é um dos mais tradicionais, voltados p

ara cachaça, no Brasil. Apesar desta longevidade, o evento não perde de vista atualizações importantes.
Um exemplo disso foi a alteração do nome, conhecida anteriormente como “Festival da Pinga”, a substituição do termo”Pinga” por “Cachaça” vai ao encontro dos esforços de valorização do nobre destilado brasileiro.
O Confrade Fábio Campos representou a CONFALA no evento. Além de apresentar a Confraria, degustar e conhecer a história de várias cachaças fluminense, o contato propiciou a parceria com as Cachaças Coqueiro e Engenho D`Ouro. A ideia é dedicar futuras reuniões da confraria para degustação destes rótulos. “Foi muito bacana ter esse contato

com produtores de cachaça do Rio. São bebidas feitas com extrema qualidade. Fui muito bem recebido e todos que conversei reconhecem e valorizam as ações promovidas pelas Confrarias.” – destacou Fabio.
No século XVI o Brasil já estava vivendo o ciclo da cana-de-açúcar. A vinda de mudas de cana de São Vicente-SP para Paraty-RJ objetivava a expansão desta monocultura. Contudo, o clima da região não se mostrou favorável e a aplicação alternativa encontrada para uso da cana foi a produção de cachaça.
De onde surgiu a tradição de produzir cachaça em Paraty
Utilizada como moeda de troca no comercio de escravos a cachaça rapidamente ganhou protagonismo econômico na região. Ao ponto de ser o estopim de uma das mais importantes revoltas do século XVII, a Revolta da Cachaça. Cuja origem foi a tentativa da Coroa Portuguesa de forçar o consumo da Bagaceira, destilado de origem lusitana, em detrimento da nossa cachaça.
A logística de Paraty também era ideal para comércio da cachaça no mercado interno. Ligada pela Estrada Real, antes mesmo de Minas ganhar protagonismo na fabricação do destilado, Paraty já enviava o nobre produto para consumo em importantes regiões extrativistas da época, como Ouro Preto.
E aqui temos um fato curioso, antes de Minas ser reconhecido como o principal Estado fabricante de cachaça de alambique, foi o Rio de Janeiro quem nos abasteceu.